28 janeiro 2025

O Neuroligista

 

Dr. Acary Souza Bulle Oliveira é destaque na neurologia brasileira, com uma carreira acadêmica e clínica dedicada ao estudo e tratamento de doenças neuromusculares, incluindo a Síndrome Pós-Poliomielite/Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite (SPP/AMPPP), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e outras condições relacionadas aos neurônios motores. Seu trabalho tem contribuído significativamente para o avanço do conhecimento científico e para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com essas condições.

Trajetória Acadêmica e Profissional:

    Formação:

    Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo;

    Residência Médica em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo;

    Mestrado pela Universidade Federal de São Paulo;

    Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo;

    Pós-doutorado pela Columbia University.    

    Especialista em Neurologia, com foco em doenças neuromusculares.

    Professor e pesquisador no Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da UNIFESP.

    Atuação Clínica:

        Coordena um ambulatório especializado em doenças neuromusculares na UNIFESP, único na América latina, onde oferece atendimento a pacientes com condições complexas, como SPP/AMPPP, ELA e distrofias musculares.

        É referência no tratamento de sobreviventes da poliomielite que desenvolvem a Síndrome Pós-Pólio.

Contribuições Científicas:

Dr. Acary Souza Bulle Oliveira é autor de diversos artigos científicos, capítulos de livros e obras e estudos científicos sobre doenças neuromusculares. Suas principais contribuições incluem:

    Síndrome Pós-Poliomielite/Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite (SPP/AMPPP):

        Publicou trabalhos pioneiros sobre o diagnóstico e tratamento da SPP/AMPPP no Brasil.

        É autor do livro "Síndrome Pós-Pólio: Diagnóstico e Tratamento", uma das principais referências em português sobre o tema.

        Seus estudos ajudaram a aumentar a conscientização sobre a SPP entre profissionais de saúde e pacientes.

    Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA):

        Desenvolveu pesquisas sobre o manejo clínico e terapêutico da ELA, uma doença neurodegenerativa grave.

        Participou de estudos multicêntricos internacionais sobre novos tratamentos para a ELA.

    Distrofias Musculares e Outras Doenças Neuromusculares:

        Publicou artigos sobre o diagnóstico e tratamento de distrofias musculares e outras condições neuromusculares.

        Contribuiu para a elaboração de diretrizes clínicas no Brasil e no exterior.

    Participação em Eventos Científicos:

        Apresenta regularmente trabalhos em congressos nacionais e internacionais, compartilhando conhecimento e experiências sobre doenças neuromusculares.

        Colabora com pesquisadores e instituições de todo o mundo para avançar no entendimento e tratamento dessas condições.

 

Legado e Impacto:

O trabalho do Dr. Acary Souza Bulle Oliveira tem um impacto significativo na neurologia brasileira e internacional. Suas contribuições incluem:

    Melhoria no Diagnóstico e Tratamento: Seus estudos e publicações ajudaram a estabelecer protocolos clínicos para o manejo de doenças neuromusculares no Brasil.

    Conscientização: Seu trabalho tem aumentado a conscientização sobre condições como a SPP/AMPPP e a ELA, tanto entre profissionais de saúde quanto na sociedade em geral.

    Formação de Novos Profissionais:

Como professor da UNIFESP, ele tem formado e orientado novos neurologistas, perpetuando seu legado na área.

     Principais Publicações:

 Algumas das obras e artigos mais relevantes do Dr. Acary Souza Bulle Oliveira incluem:

    "Síndrome Pós-Pólio: Diagnóstico e Tratamento" (livro).

    Artigos científicos sobre ELA, distrofias musculares e outras doenças neuromusculares em revistas especializadas.

    Capítulos em livros de neurologia e medicina interna.

Reconhecimento:

Dr. Acary Souza Bulle Oliveira é amplamente reconhecido como uma autoridade em doenças neuromusculares no Brasil. Seu trabalho tem sido fundamental para o avanço da neurologia e para o cuidado de pacientes com condições complexas e debilitantes.

O Dr. Acary Souza Bulle Oliveira é um exemplo de dedicação à medicina e à pesquisa científica. Seu trabalho acadêmico e clínico tem transformado a vida de muitos pacientes e contribuído para o avanço do conhecimento médico. Sua atuação na UNIFESP e suas publicações continuam a ser referências essenciais para profissionais de saúde e pesquisadores na área de neurologia.

 

CID-11

 

O CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 11ª revisão) é o sistema de codificação utilizado para classificar doenças e condições de saúde. Para a Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite, o código correspondente é:

8B61.0 - Síndrome pós-poliomielite

Esse código é utilizado para identificar condições que surgem como consequência tardia da poliomielite, incluindo a atrofia muscular progressiva. A síndrome pós-poliomielite pode se manifestar anos após a infecção inicial pelo vírus da poliomielite e inclui sintomas como fraqueza muscular progressiva, fadiga e atrofia muscular.

https://icd.who.int/browse/2024-01/mms/en#2018885243

Na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), a Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite é classificada sob o código:

8B61.0 - Atrofia muscular progressiva pós pólio

Descrição

Os critérios diagnósticos para atrofia muscular progressiva pós-pólio (PPMA) são: uma história confiável de poliomielite com recuperação parcial da função, um período mínimo de estabilização de 10 anos e o desenvolvimento subsequente de fraqueza muscular progressiva. Podem ser observados sintomas de fraqueza, atrofia e fadiga dos músculos afetados anteriormente. Esses sintomas também podem ser notados em músculos que aparentemente não foram afetados pelo episódio de poliomielite. Cãibras musculares e fasciculações podem acompanhar a nova fraqueza.

Inclusões

Síndrome Mielitica pós pólio

Atrofia muscular progressiva pós pólio

Síndrome pós pólio

PPMA - (atrofia muscular progressiva pós pólio)

Síndrome Mielitica pós pólio

A Atrofia Muscular Progressiva é um dos componentes possíveis dessa síndrome, refletindo a degeneração muscular que ocorre como parte do processo tardio da doença.

A mudança de denominação de Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) para Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite não é universalmente reconhecida ou adotada em todos os contextos clínicos ou classificações internacionais, como o CID-11. No entanto, é possível que essa mudança de terminologia tenha sido proposta ou utilizada em determinados contextos para destacar aspectos específicos da condição. Vamos explorar as possíveis razões:

1. Especificidade dos sintomas

    A Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) é um termo amplo que engloba uma variedade de sintomas, como fadiga, dor muscular, fraqueza e atrofia muscular.

    Já a Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite é um termo mais específico, focando na degeneração muscular progressiva, que é um dos aspectos mais graves e clinicamente significativos da condição.

    Essa mudança pode refletir uma necessidade de destacar a progressão da atrofia muscular como um dos principais desafios no manejo da doença.

2. Diferenciação de outras condições

    O termo "Síndrome Pós-Poliomielite" pode ser considerado muito amplo e, em alguns casos, pode levar a confusão com outras condições que também surgem como sequelas tardias de doenças infecciosas.

    A adoção de um termo mais específico, como Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite, ajuda a diferenciar essa condição de outras síndromes pós-infecciosas ou neurológicas.

3. Alinhamento com a fisiopatologia

    A Atrofia Muscular Progressiva é um fenômeno bem documentado em pacientes que tiveram poliomielite. Ela ocorre devido à degeneração de neurônios motores que foram afetados pelo vírus da poliomielite, mas que haviam se recuperado parcialmente.

    Com o envelhecimento, esses neurônios podem sofrer degeneração adicional, levando à perda muscular progressiva. O uso do termo "Atrofia Muscular Progressiva" reflete melhor esse processo fisiopatológico.

4. Contexto clínico e pesquisa

    Em alguns contextos clínicos ou de pesquisa, pode haver uma preferência por termos que descrevam com mais precisão os mecanismos subjacentes da doença.

    A Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite pode ser considerada um subtipo ou uma manifestação específica da Síndrome Pós-Poliomielite, e sua denominação separada pode facilitar estudos e tratamentos direcionados.

5. Atualizações nas classificações médicas

    As classificações médicas, como o CID (Classificação Internacional de Doenças), são periodicamente revisadas para refletir avanços no entendimento das doenças.

    Embora o CID-11 ainda utilize o termo Síndrome Pós-Poliomielite (8B61.0), é possível que futuras revisões ou diretrizes específicas adotem termos mais descritivos, como Atrofia Muscular Progressiva Pós-Poliomielite, para melhorar a precisão diagnóstica.