Poliomielite Irresponsável, manipulação dos Dados Organização Mundial
da Saúde. Resultado, milhares de brasileiros acometidos pela Síndrome Pós
Poliomielite (SPP) ou Sequela Pós-Poliomielite.
Denunciada manipulação de dados a
respeito da poliomielite no Brasil, entre 1969 a 1973. Negligência que resultou
em 63% de vitimas infectadas com o vírus da pólio. Para aqueles não
familiarizados com o assunto, devo esclarecer que a vacina contra a
poliomielite (também chamada de pólio ou paralisia infantil termo deriva do
grego poliós, que significa "cinza", myelós "medula")
estava operacional em território Brasileiro desde 1962 para a rede pública de
saúde.
Esta noticia foi publicada em 06 de março de 1980, pelo
Jornal Folha de São Paulo: “O governo Médici teria manipulado” dados
referentes às condições de saúde no Brasil. A declaração, feita na época pelo Médico, Cientista e Pesquisador ALBERT
BRUCE SABIN em entrevista concedida na presença dos Ministros Valdir
Arcoverde e Jair Soares, respectivamente da Saúde e da Previdência Social,
refere-se a RELATÓRIOS encaminhados
à Organização Mundial da Saúde e que
teriam apresentando estatísticas duvidosas”.
Vale ressaltar a inexistências de
Dados Estatísticos referentes às Pessoas
que foram acometidos pela poliomielite na infância, não sabemos até hoje com exatidão
quantas crianças desenvolveram a doença em território nacional principalmente
entre 1969 e 1973.
“Para uma população já
anestesiada por tantas notícias sobre manipulação de índices oficiais, a
declaração talvez não tenha tido a repercussão merecida. A gravidade da
informação do Professor ALBERT SABIN, contudo, ultrapassa os limites do
rotineiro. Após afirmar que a redução dos índices, no período de 1969 a 1973,
anunciada pelo governo brasileiro, era incorreta, o cientista ressaltou o que
chama de POLIOMIELITE IRRESPONSÁVEL.
Ou seja, a manipulação dos dados não teve apenas por consequência, se é que teve,
a modificação da imagem do Brasil perante os órgãos internacionais, que
acreditaram, então, no progresso de nossas condições de saúde. Muito mais do
que isto, os falsos Índices impediram, naquela época, uma campanha séria de
combate à POLIOMIELITE. Como resultado temos crianças nascidas entre 1969 a
1973 portando sequelas físicas que poderiam ter sido evitadas, fosse outro o
comportamento do governo. Ninguém desconhece que, em política, as versões são às vezes mais importantes do
que os fatos e que a manipulação de dados é um instrumento de grande força na
luta pelo Poder. Faz parte da vida política esta capacidade de construir
imagens favoráveis, escondendo alguns aspectos, ressaltando outros. Mas
superestimar esta capacidade, tolerando a negação ou a distorção mentirosa dos
fatos, é pervertê-la. Assim, quando um grupo político adere à falsidade
organizada, escondendo dados importantes, proclamando milagres que não existem,
então a linha divisória entre a atividade política e a sua perversão estará sendo
transposta”.
Em decorrência da Negligencia do
Passado o resulto no presente chama–se Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) ou Sequela
Pós-Poliomielite é uma doença do neurônio motor de caráter degenerativo e
progressivo. Embora não se conheça totalmente a etiologia, a causa mais aceita
é a degeneração das unidades motoras remanescentes, algumas gigantes (grande
número de fibras musculares inervadas pelo mesmo neurônio motor), formadas após
a fase aguda da poliomielite. A SPP é definida por um conjunto de sinais e
sintomas que ocorrem, geralmente, após 30 a 50 anos, no mínimo 15 anos após a
infecção aguda da poliomielite. Caracterizada, principalmente, por três
sintomas principais: nova fraqueza muscular, fadiga e dor. A nova fraqueza
muscular, afeta geralmente os músculos previamente mais comprometidos, mas
também pode afetar a musculatura aparentemente normal, estando acompanhada ou
não de fadiga e dor muscular e/ou articular.
Outros sintomas que podem estar
presentes são: nova atrofia muscular; disfonia; disfagia; insuficiência
respiratória; transtorno urinário e fecal, transtornos do sono associado ou não
de cefaleia matinal; aumento de peso corporal; intolerância ao frio; ansiedade;
depressão; problemas de memória.
Aqui fazemos um alerta, a Sombra
da Poliomielite vai continuar por décadas, tendo um pedágio significativo sobre
a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas.
A situação atual e as necessidades futuras são ainda desconhecidas. Suas
vidas serão limitadas e não por sua deficiência, mas nas ramificações desta deficiência,
o estigma, a marginalização social e barreiras para recursos, tais como
assistência médica, educação, acessibilidade e assistência social, que irá
resultar para muitos em pobreza, falta de escolha e a negação dos direitos
humanos fundamentais, para maximizar a saúde de forma mais eficaz aos
Sobreviventes da Pólio – Síndrome Pós Pólio e bem-estar, promovendo uma maior
participação e inclusão social.
A erradicação da Poliomielite e da
Síndrome Pós-Poliomielite é um campo de provas, um teste. Ele vai revelar o que
os seres humanos são capazes de fazer, e sugerir como ambicioso que pode ser o
nosso futuro. No entanto, argumenta-se que esta afirmação é igualmente
relevante para aqueles enfrentando as consequências Incapacitantes da Poliomielite – Síndrome Pós Poliomielite. A batalha contra a Poliomielite - Síndrome
Pós Poliomielite não será vencida até que a comunidade global possa garantir
aqueles que vivem com as consequências Incapacitantes da Poliomielite – Síndrome Pós Poliomielite que suas necessidades serão atendidas e os recursos serão
disponibilizados para que possam funcionar plenamente e livremente nas
sociedades em que vivem - agora e nas décadas que virão.
Uma sociedade que negligência seu
passado, ameaça seu futuro.
Nilson Roberto dos Santos –
Paciente diagnosticado com Síndrome Pós Poliomielite
Nenhum comentário:
Postar um comentário