A Organização de Saúde Mundial (OMS[2]), agência especializada da ONU
na área de saúde, confirmou[3] nesta terça-feira (29) dez casos de
poliomielite na Síria, acrescentando que as autoridades nacionais de
saúde e dos países vizinhos já deram início à resposta contra o surto.
Em uma entrevista a jornalistas em Genebra, o diretor de Comunicações
da OMS, Oliver Rosenbauer, disse que de 22 casos relatados de paralisia
flácida aguda, dez foram confirmados como sendo resultado poliovírus
selvagem tipo 1. Os outros 12 casos ainda estão sendo investigados.
Os casos foram inicialmente relatados no dia 17 de outubro na
província de Deir Al Zour, na região nordeste da Síria. Devido ao
prolongado conflito pelo qual o país passa, que já deslocou milhões de
pessoas, a Síria já havia sido considerada um lugar de alto risco para
doenças imunopreveníveis. No entanto, o país não havia registrado nenhum
caso de poliomielite desde 1999.
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por
um vírus que vive no intestino, denominado poliovírus. Embora ocorra com
maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode
ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a 30
dias – sendo, em geral, de sete a 12 dias.
Uma pessoa pode transmitir a pólio diretamente para a outra. A
transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material
contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as
condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas,
que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior
risco de contrair a doença.
A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser
evitada tanto através da vacinação contra poliomielite como de medidas
preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e
alimentos.
Rosenbauer disse que o próximo passo foi analisar os vírus isolados e
identificar de onde vieram, de modo a identificar a origem do surto. As
22 pessoas que foram testadas são crianças, em sua maioria com menos de
dois anos de idade. Todas pareciam estar sub-imunizadas ou sem qualquer
dose da vacina.
A porta-voz da OMS, Glenn Thomas, acrescentou que as autoridades de
saúde na Síria e nos países vizinhos já tinham começado o planejamento e
a implementação da resposta ao surto.
Um porta-voz da ONU em Nova York informou também nesta terça-feira
(29) que o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake, finalizou uma
visita de dois dias à capital síria, Damasco, com um acordo entre o
governo sírio e a agência da ONU sobre a importância de se chegar a
centenas de milhares de crianças em algumas das partes mais afetadas
pela guerra com vacinas, incluindo contra a pólio.
Lake disse que imunizar as crianças possui uma natureza apolítica,
sem quaisquer implicações militares. O chefe do UNICEF disse que, com
casos de pólio surgindo agora na Síria pela primeira vez desde 1999, a
vacinação de crianças contra a doença é uma prioridade urgente e
fundamental para a Síria e para o mundo todo.
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OMS: http://www.who.int
confirmou: http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=46362&Cr=syria&Cr1=#.UnAT5oZDuKk
poliomielite: http://www.bio.fiocruz.br/index.php/poliomielite-sintomas-transmissao-e-prevencao
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Texto de livre reprodução, desde que citada a referência a ONU Brasil.
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