Roberto Dias Batista Pereira; Tatiana Mesquita e Silva; Abrahão Augusto Juviniano Quadros; Marco Orsini; Beny Schmidt; Helga Cristina Almeida Silva; Acary Souza Bulle Oliveira.
scielo.br
O objetivo deste estudo foi identificar o gasto
energético, retrospectivamente, em indivíduos com síndrome pós-poliomielite (PPS)
na população brasileira.
Métodos
Foi utilizado o questionário para avaliação da atividade
física habitual (AFH) nos pacientes com PPS, sequela de poliomielite (SP) e
grupo controle (GC). Participaram do estudo 116 indivíduos (PPS = 52, SP = 28,
GC = 36).
Resultados
Pacientes com PPS tendem a aumentar a AFH dos 10
aos 20 anos, comparados com os grupos SP e GC. No período dos 21 aos 30 anos,
houve aumento significativo da atividade física ocupacional do grupo PPS em
relação ao grupo SP e atividade física ocupacional (21-30 anos)
correlacionou-se com o aparecimento dos sintomas da PPS.
Conclusão
Pacientes com PPS apresenta maior gasto de energia
durante uma vida, especialmente na atividade física ocupacional nas idades
21-30 anos, sugerindo que esta é uma crítica para o desenvolvimento da PPS.
Palavras-Chave: síndrome pós-poliomielite; Poliomielite; Metabolismo
energético.
A síndrome pós-poliomielite (PPS) é um efeito
tardio da poliomielite, classificada como neuronopatia motora, uma vez que os
aspectos clínicos e histológicos estão intimamente relacionados à disfunção dos
neurônios motores inferiores. A frequência de PPS varia de 22% a 80% em
diferentes estudos internacionais. Um estudo brasileiro mostrou uma frequência
de 77,2% em pacientes classificados como PPS, sendo 62,8% mulheres e 37,2%
homens.
O PPS geralmente ocorre 30-50 anos após a infecção
aguda da poliomielite. É caracterizada por novos sintomas ou piora de sintomas
residuais anteriores, tais como: fraqueza nova, fadiga muscular, nova atrofia,
dor muscular, dor nas articulações e intolerância ao frio. Atualmente, é
reconhecida como uma entidade da doença definida pela Organização Mundial de
Saúde, e está representada no Código Internacional de Distúrbios (ICD10 / G14).
Diferentes hipóteses têm sido propostas para a
fisiopatologia do PPS, mas a mais aceita é a teoria do "overuse"
(sobrecarga ou overtraining), proposta por Charcot e defendida por outros.
A característica mais importante do PPS é o
desenvolvimento de uma nova fraqueza muscular. Esta nova fraqueza pode ocorrer
em músculos que já têm algum grau de fraqueza muscular ou músculos que foram
previamente comprometidos, e posteriormente reinervados. Esta nova fraqueza
inevitavelmente leva ao aumento do gasto energético para o desempenho da
atividade física de rotina.
Alguns fatores de risco, como idade, gênero,
severidade da paralisia, dor, intensidade do exercício muscular ou atividade
física, podem contribuir para o desenvolvimento de PPS. As relações possíveis
entre esses fatores e o metabolismo energético são de suma importância.
Diferentes métodos são utilizados para a avaliação
subjetiva da atividade física habitual; A maioria deles é representada por
questionários provenientes de estudos epidemiológicos. A avaliação da atividade
física por questionário é um método que é influenciado principalmente pela
capacidade das pessoas de se lembrarem.
O questionário de Baecke para a avaliação da
atividade física habitual é um instrumento de recall fácil de aplicar e
compreensível; É uma escala qualitativo-quantitativa e aborda aspectos como
atividade física ocupacional, exercício físico em lazer e atividades de lazer e
locomoção. Este instrumento tem sido utilizado em estudos epidemiológicos na
população brasileira.
O objetivo deste estudo foi identificar o gasto
energético, retrospectivamente, em indivíduos com PPS na população brasileira e
verificar se a atividade física pode ser um fator predisponente para o
desenvolvimento de PPS, ou piora dos sintomas do paciente.
MÉTODOS
Três grupos distintos de indivíduos foram
avaliados: seqüelas de poliomielite (PS), PPS, e um grupo controle (CG). A
população de interesse foi composta por pacientes com história de poliomielite
paralítica submetidos a monitoramento ambulatorial na Unidade de Transtornos
Neuromusculares da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no município de
São Paulo, Brasil, e indivíduos saudáveis (cuidadores de pacientes) , Entre
os anos 2007-2009.
Os critérios de inclusão foram pacientes do sexo
masculino e feminino com diagnóstico confirmado de pólio paralítico e PPS. Foram
excluídos pacientes com idade superior a 60 anos e a presença de qualquer
doença ou condição médica que pudesse levar à fraqueza muscular. Este estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFESP e todos os pacientes envolvidos no
estudo concordaram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Para avaliar a atividade física habitual, utilizamos
o questionário de Baecke, que foi traduzido e validado em português por
Florindo e Latorre.
O Baecke engloba três níveis de atividade física
caracterizados por atividade física ocupacional (questões 1-8), exercício
físico e atividades de lazer (perguntas 9-12), e atividades físicas de lazer e
locomoção (questões 13-16), que compreendem a Avaliação da atividade física
habitual. A pontuação total (TS) é a soma dos escores destes três níveis. As
fórmulas para calcular o questionário Baecke foram:
TS = OPA
+ PEL + LLA
Vq = valor
da pergunta
OPA =
atividade física ocupacional
PEL =
exercícios físicos em lazer
LLA =
atividades físicas de lazer e locomoção
TS =
pontuação total
O
questionário de Baecke foi aplicado apenas uma vez aos três grupos (PS, PPS e
CG), avaliando o histórico de atividade física ao longo da vida em períodos de
10-20 anos de idade, 21-30 anos de idade e nos últimos 12 meses, Excluindo as
atividades ocupacionais no período de 10-20 anos, resultando em nove pontuações
finais dos respectivos períodos.
Metodologia
de aplicação dos questionários:
Para a classificação do gasto energético da
atividade física ocupacional e os tipos de exercício que não estavam no perfil
de padronização, utilizamos os estudos de Ainsworth et al. e McArdle et al. como
referência. O primeiro estudo foi um esquema de codificação para a
classificação do custo energético das atividades físicas humanas, e este propôs
níveis de classificação do gasto energético humano da atividade física (baseado
em um múltiplo da taxa metabólica em repouso).
Para a avaliação da fadiga, utilizamos a Escala de
Gravidade da Fadiga. É composto de nove itens. Os indivíduos registram suas
respostas de 1-7 (1 significa que discordam completamente e 7 indica que
concordam inteiramente com a indicação). Esta escala avalia a queixa de fadiga
nas duas semanas anteriores.
Também utilizamos a ferramenta abreviada de
avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde. Este
questionário tem 26 perguntas, as duas primeiras são gerais e as outras 24
divididas em quatro domínios: físico (dom 1), psicológico (dom 2), relações
sociais (dom 3), ambiente (dom 4) e global. Passos para verificar e limpar
dados e computar facetas e resultados de domínio foram:
Recode q3
q4 q26 (1 = 5) (2 = 4) (3 = 3) (4 = 2) (5 = 1).
Calcula
dom 1 = (média6 (q3, q4, q10, q15, q16, q17, q18)) * 4.
Calcula
dom 2 = (média 5 (q5, q6, q7, q11, q19, q26)) * 4
Calcula
dom 3 = (média 2 (q20, q21, q22)) * 4
Calcula
dom 4 = (média 6 (q8, q9, q12, q13, q14, q23, q24, q25)) * 4
Calcular
total = (média 2 (q1, q2)) * 4
As análises foram realizadas pelo software PRISM 3,
comparando sua porcentagem por categoria, cálculo da média, mediana e desvio
padrão.
Variáveis contínuas com distribuição normal foram
testadas pelo teste de Kolmogorov-Smirnov.
A análise de variância (ANOVA) foi utilizada para
comparar os grupos com dados paramétricos. Quando foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes, a análise foi complementada pelo teste de
Tukey.
A análise de variância (Kruskall-Wallis) foi
utilizada para comparar os grupos quando apresentados com dados
não-paramétricos. Quando foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas, a análise foi complementada pelo teste de Dunn.
A avaliação da correlação linear foi feita
utilizando o coeficiente de correlação de Spearman (r). Para todos os testes,
os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando p
<0,05.
RESULTADOS
Cento e dezesseis indivíduos participaram do
estudo, 52 com PPS, 28 com PS e 36 no GC. A distribuição de gênero do CG foi de
19 mulheres (52,7%) e 17 homens (47,3%); No grupo PS: 17 mulheres (60,7%) e 11
homens (39,3%); E no grupo PPS havia 26 mulheres (50%) e 26 homens (50%).
A idade
média para cada grupo foi: 42,86 ± 9,22 anos para o CG; 43,31 ± 6,91 anos para
o grupo PS; E 43,83 ± 6,65 anos para o grupo PPS (variando de 30 a 59 anos). Medidas
de tendência central e dispersão para variáveis antropométricas, avaliadas
por grupo, são apresentadas na Tabela 1 .
Tabela 1 Valores médios e desvios-padrão das
características antropométricas dos grupos envolvidos no estudo.
Variável
|
CG (n = 36)
|
PS (n = 28)
|
PPS (n = 52)
|
Altura
(cm)
|
170,5 ± 10,9 *
|
161,2 ± 8,0
|
163,4 ± 10,3
|
Peso
(Kg)
|
74,6 ± 17,6
|
62,7 ± 15,8 **
|
68,7 ± 15,4
|
IMC (Kg
/ m2)
|
25,5 ± 4,1
|
23,8 ± 4,9
|
25,5 ± 4,1
|
CG: grupo de controlo; PS: seqüelas de
poliomielite; PPS: síndrome pós-poliomielite; IMC: índice de massa corporal.
A menor idade na qual a poliomielite aguda ocorreu
foi de 23 dias e a maior foi de oito anos; A média foi de 19,71 meses (um ano e
sete meses), com um desvio padrão de 16,8 meses (1,4 anos) e a mediana de 18
meses (nove e 24 meses). A idade média de início dos novos sintomas de PPS foi
de 37,7 ± 6,3 anos (24-53 anos).
Na Escala de Gravidade da Fadiga, houve diferença
significativa (p <0,0001) entre o CG (17,56 ± 11,4), o PS (27,29 ± 20,5) e o
grupo PPS (51,48 ± 14,21). O grupo PPS apresentou maiores escores de fadiga,
com 92,3% dos pacientes sendo classificados com fadiga. Por outro lado, nos
grupos PS e PPS, não houve relação entre fadiga e outros critérios avaliados
neste estudo (demográfico, antropométrico, história de poliomielite, qualidade
de vida e gasto energético).
O grupo de pacientes com PPS apresentou índice de
qualidade de vida significativamente pior nos domínios físico, psicológico e
ambiental, quando comparado aos demais grupos (CG e PS). Não houve diferença no
domínio das redes sociais ( Tabela 2 ).
Tabela 2 Classificação
dos escores para cada grupo de domínios do WHOQOL-Bref.
Domínio
WHOQOL
|
CG (n = 36)
|
PS (n = 28)
|
PPS (n = 52)
|
P-valor
|
Fisica
|
75,9 ± 14,3
|
67,9 ± 17,1
|
42,4 ± 16,5
|
<0,0001 a
|
Psicológico
|
73,6 ± 13,4
|
73,5 ± 15,6
|
59,3 ± 16,9
|
<0,0001 b
|
Relações
sociais
|
74,6 ± 20,5
|
72,7 ± 21,1
|
67,8 ± 18,5
|
(Ns) 0,128
|
Meio
Ambiente
|
66,1 ± 17,5
|
62,7 ± 17,0
|
56,7 ± 15,7
|
= 0,0312 c
|
Teste ANOVA (análise de variância de uma
via) com o pós-teste de Tukey, diferença significativa: um grupo PPS
vs PS e CG; Grupo B PPS vs PS e GC; C grupo PPS vs CG. CG:
grupo de controlo; PS: seqüelas de poliomielite; PPS: síndrome
pós-poliomielite; WHOQOL: Escala de Qualidade de Vida da Organização Mundial de
Saúde.
O grupo PPS apresentou aumento no gasto energético
em suas atividades ocupacionais (profissional), comparado ao grupo PS no
período de 21 a 30 anos de idade.
* P <0,05 vs PS (Teste Kruskal-Wallis). CG:
grupo de controlo; PS: seqüelas de poliomielite; PPS: síndrome
pós-poliomielite; OPA: atividade física ocupacional.
Comparação longitudinal do período de 21 a 30 anos
de idade entre CG, PS e PPS do escore OPA.
A atividade física ocupacional entre 21 e 30 anos
mostrou correlações com outras variáveis da pesquisa ( Tabela 3 ).
Tabela 3 Coeficientes de correlação de Spearman e
valores de P entre a atividade física ocupacional (21 a 30 anos) e as variáveis
anos de estudo, poliomielite aguda e idade de início de novos sintomas.
Variáveis
|
Os coeficientes de correlação (r)
|
P-valor
|
Educação
(anos de estudo)
|
- 0,3720
|
0,0066
|
Poliomielite
aguda
|
- 0,2803
|
0,0390
|
Idade
no início do PPS
|
- 0,2796
|
<0,0447
|
A Figura 3 mostra que o grupo PPS, durante a
avaliação da atividade física realizada nos últimos 12 meses, apresentou menor
gasto energético em todas as pontuações do Questionário Baecke de Atividade
Física Habitual, em relação ao PS e CG.
CG: grupo de controlo; PS: seqüelas de
poliomielite; PPS: síndrome pós-poliomielite; OPA: atividade física
ocupacional; PEL: exercícios físicos em lazer; LLA: atividades físicas de lazer
e locomoção; TS: pontuação total.
Figura 3 Comparação longitudinal do período dos
últimos 12 meses entre CG, PS e PPS de OPA, PEL, LLA e Total Score (TS). Todas
as análises foram realizadas usando o Kruskal-Wallis: * p <0,05 vs PS e GC.
DISCUSSÃO
O objetivo deste estudo foi descrever o perfil do
gasto energético utilizando o Questionário Baecke de Atividade Física Habitual,
mostrando a relação entre atividade física habitual e o desenvolvimento de
sintomas de PPS. Neste estudo, foi importante avaliar se a atividade física
pode ser um fator predisponente para o desenvolvimento de PPS, ou piora de seus
sintomas.
A fadiga foi encontrada com alta frequência
afetando, em média, dois terços dos pacientes com PPS. Esse achado pode ser
visto tanto em estudos nos Estados Unidos como em outros estudos brasileiros. O
estudo de Conde et al. demonstraram que a fadiga em pacientes com PPS não está
relacionada com a hora do dia (manhã ou à noite), mas com o tipo de atividade. Em
nossa pesquisa, analisamos a história da atividade física, das profissões e dos
esportes praticados e não encontramos relação com a variável fadiga. Isso pode
ser explicado por duas hipóteses: a fadiga é um sintoma independente que merece
manejo específico; Ou fadiga não é um bom marcador de PPS.
Os pacientes com PPS apresentaram baixa qualidade
de vida em relação aos grupos PS e CG, principalmente nos domínios físico,
psicológico e ambiental. A apresentação de novos sintomas por si só, é
susceptível de levar a uma qualidade de vida prejudicada em comparação com os
outros grupos.
Os três grupos (CG, PS e PPS) apresentaram um
aumento gradual e significativo nos escores de atividade física ocupacional e
escores totais nos três períodos analisados. Mas houve uma diminuição gradual e
significativa ao longo dos anos nos escores de atividade física no lazer e
atividade física no lazer e na locomoção, provavelmente devido a mudanças no
estilo de vida, resultando em inatividade nas práticas esportivas de lazer.
Entretanto, no período clínico estudado (12 meses
prévios), o agravamento clínico nos pacientes com PPS pode explicar por que
eles não poderiam realizar atividades de lazer, ao contrário de falta de
oportunidade, falta de desejo ou prazer ligado a outro fator. Tanto o grupo PS
quanto o PPS tiveram história de seqüelas e incapacidades físicas, mas somente
o grupo PPS mostrou uma diminuição significativa em todas as suas atividades
físicas habituais (atividade física ocupacional, exercício físico e atividades
de lazer e locomoção e escores totais) no período anterior 12 meses.
Por outro lado, os pacientes com PPS tiveram maior
gasto energético na atividade física ocupacional, no período de 21 a 30 anos, o
único fator que corrobora a hipótese de "uso excessivo".
Considerando que o PPS é uma doença com unidades
motoras gigantes, o aumento do gasto energético em qualquer domínio do
questionário de Baecke pode indicar uma sobrecarga em unidades motoras.
O grupo PPS apresentou correlação negativa entre
atividade física ocupacional, de 21 a 30 anos de idade, e início de novos
sintomas, indicando que a atividade física ocupacional (profissão) exercida
nesse período é o fator que provoca a sobrecarga física Aparecimento de novos
sintomas.
O grupo
PPS também mostrou correlação negativa entre a atividade física ocupacional, de
21 a 30 anos, e o nível educacional, indicando que aqueles que realizaram mais
atividade física em sua profissão nesse período tiveram baixo nível de
escolaridade. Este achado indica que um alto nível de educação pode
possivelmente ser um fator de proteção para PPS.
O grupo PPS mostrou uma correlação negativa entre a
atividade física ocupacional, de 21 a 30 anos de idade e a idade da
poliomielite aguda, indicando que os que tiveram poliomielite mais tarde
tiveram menos gasto de energia em suas atividades ocupacionais no período. Portanto,
a idade da infecção aguda pelo poliovírus afetou negativamente o desempenho do
trabalho dos pacientes, corroborando a afirmação sobre a gravidade das sequelas
e as perdas físicas desses pacientes com PPS.
Como este estudo foi realizado em um centro de
pesquisa especializado em doenças neuromusculares, a busca pelos pacientes foi
passiva e espontânea. Os pacientes avaliados foram aqueles com mais sintomas ou
que tiveram alguma necessidade social e / ou legal. No entanto, mesmo
utilizando um questionário como ferramenta de pesquisa, que permitiu a análise
retrospectiva do gasto energético, os pacientes em questão não tiveram
dificuldade em compreender e preencher o questionário, o que correspondeu a um
período de estudo mais longo (mais de 15 anos de Estudo: PPS = 48%, PS = 28,6%
e CG = 33,3).
O estudo de um perfil de gasto energético em
indivíduos com antecedentes de poliomielite paralítica prévia mostrou que o PPS
é uma condição nosológica com características próprias e o uso excessivo de
unidades motoras durante a vida é um dos fatores causais; Está diretamente
ligado ao gasto histórico de energia durante a vida; Os pacientes com PPS
tiveram maior gasto energético, especialmente na atividade física ocupacional,
entre 21 e 30 anos, sugerindo que esta década é crítica para o desenvolvimento
desta condição; Atualmente, os pacientes com PPS têm status diferente em
relação aos grupos PS e CG, com maior frequência de fadiga, escores mais baixos
nas atividades físicas usuais e consequentemente pior qualidade de vida; O
excesso de peso pode ser um fator agravante para o desenvolvimento ou
intensificação dessas limitações.
Considerando que o PPS pode ter uma relação com
maior atividade física em um dado período de vida e / ou aumento do metabolismo
basal, pesquisas futuras são necessárias para comparar a Escala de Gravidade da
Fadiga com as medidas metabólicas basais.
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