25 setembro 2013

Variação circadiana da fadiga em ambos os grupos de pacientes com poliomielite paralítica e síndrome pós-poliomielite.

Variação circadiana da fadiga em ambos os grupos de pacientes com poliomielite paralítica e síndrome pós-poliomielite. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2013, vol.71, n.7, pp. 442-445. ISSN 0004-282X.  http://dx.doi.org/10.1590/0004-282X20130059. Celiana Figueiredo Viana, Márcia Pradella Hallinan, Abrahão Augusto Juviniano Quadros, Luis Fabiano Marin,  Acary Souza Bulle Oliveira.

Objetivo 
  
Foi avaliar o grau de fadiga em pacientes com poliomielite paralítica (PP) e com síndrome pós-poliomielite (SPP), e correlaciona-lo com parâmetros de sono e ciclo circadiano. 
 
Método
 
Trinta pacientes, 17 do sexo feminino (56,7%), participaram do estudo: responderam à Escala de Fadiga de Piper Revisada e submeteram-se à avaliação polissonográfica noturna. Onze apresentavam PP (média de idade±desvio padrão de 47,9±6,4 anos), e 19 apresentavam SPP (média de idade±desvio padrão de 46,4±5,6 anos). 
 
Resultados

Nosso estudo mostrou que a fadiga é pior no período da tarde no grupo com PP e piora progressivamente ao longo do dia no grupo SPP. Observamos também comprometimento na qualidade do sono em ambos os grupos. Contudo, os parâmetros do sono avaliados pela polissonografia não demonstraram diferenças estatísticas significantes entre os grupos PP e SPP. 
 
Conclusão

A fadiga apresenta variação circadiana bem definida, especialmente nos pacientes do grupo SPP. Pobre qualidade do sono está associada com fadiga e, portanto, distúrbios do sono deveriam ser mais bem avaliados e tratados no grupo de pacientes com SPP. 
 
Arq. Neuro-Psiquiatr.  vol.71 issue7; Abstract: S0004-282X2013000700442

08 agosto 2013

Effects of Daoyin Qìgōng in postpolio syndrome patients with cold intolerance

Efeitos do Doyin Qìgōng em pacientes com síndrome pós-pólio com queixa de intolerância ao frio.

Paulo Eduardo Ramos1, Gislaine Cristina Abe1, Márcia Pradella-Hallinan1,2, Abrahão Augusto Juviniano Quadros1, Beny Schmidt1, Acary Souza Bulle Oliveira1

ABSTRACT
Postpolio syndrome (PPS) is characterized by progressive muscle weakness due to former infection with poliomyelitis and can be associated with other symptoms such as cold intolerance (CI). Doyin Qìgōng (DQ) is a technique in Traditional Chinese Medicine that impacts the circulation of energy and blood. Objective: It was to verify the effects of DQ in PPS patients complaining of cold intolerance. Methods: Ten PPS patients were assessed using the visual analogue scale (VAS) adapted for CI before and after intervention with DQ; patients practiced it in a sitting position for 40 minutes, 3 times per week over 3 consecutive months. Patients were reassessed three months after ceasing DQ. Results: There was a statistically significant difference in local and systemic VAS-Cold both at the end of DQ training and three months past the end of this. Conclusion: The DQ technique ameliorated CI complaints in patients with PPS.
Key words: Postpoliomyelitis syndrome, Qìgōng, breathing exercises, public health.


RESUMO
A síndrome pós-poliomielite (SPP) é caracterizada por instalação de nova fraqueza muscular às manifestações residuais da poliomielite, associada a outros sintomas, como intolerância ao frio (IF). O Doyin Qìgōng (DQ) é uma técnica da medicina tradicional chinesa que interfere na circulação da energia e do sangue. Objetivo: Foi verificar os efeitos do DQ em pacientes com SPP com queixa de intolerância ao frio. Método: Dez pacientes com SPP foram avaliados com a escala visual analógica (EVA) adaptada para IF antes e após intervenção com DQ, adaptados para a posição sentada, com duração de 40 minutos, 3 vezes por semana, durante 3 meses. Resultados: Verificou-se diferença estatisticamente significante, na EVA-frio local e sistêmica, após o término do treinamento. Conclusão: O DQ é uma técnica que interferiu positivamente na queixa de IF em pacientes com SPP.
Palavras-Chave: síndrome pós-poliomielite, Qìgōng, exercícios respiratórios, saúde pública.

Post-polio syndrome (PPS) is characterized by progressive muscle weakness due to former infection with poliomyelitis and is often associated with other symptoms such as muscle fatigue, muscle and or joint pain, cold intolerance (CI) and sleep disorders1-3. A Brazilian study of 167 patients who had previously been diagnosed with paralytic poliomyelitis and subsequently with PPS highlighted a CI frequency of 69.8%4,5. The affected extremities are often unseasonably cold due to involvement of the sympathetic nerve cells, leading to vasoconstriction5. Until now, CI in patients with PPS had no defined etiology or specific rehabilitative or pharmacological treatment; muscle-strengthening exercises and static magnetic fields seem to be beneficial, but these therapies warrant further research6. Guidelines for the treatment of symptoms include adequate clothing, distal/proximal mas-age and local heat for a short period of time5,7.From a clinical and histological perspective, the path physiology of PPS is associated with lower motor neuron dysfunction. One of the main mechanisms which may lead to this syndrome is overtraining. This activity favors the dys-function of motor neurons which survive axon terminals which are completely destroyed. Compensatory mechanisms are triggered to reinerve muscle tissue, thereby increasing the drive motor through stimulation of intact motor axons.


Department of Neurology and Neurosurgery, Department of Clinical Neurology, Division of Neuromuscular Disease Research, Clinic of Traditional Chinese Medicine, Universidade Ferderal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo SP, Brazil;
2Department of Psychobiology, Sleep Institute, UNIFESP, São Paulo SP, Brazil.
Correspondence: Gislaine Cristina Abe; Universidade Federal de São Paulo; Rua Estado de Israel 899; 04022-002 São Paulo SP - Brasil; E-mail: gislaineabe@hotmail.com Conflict of interest: There is no conflict of interest to declare.
Received 28 March 2012; Received in final form 18 April 2012; Accepted 25 April 2012

17 julho 2013

Poliovírus detectados a partir de amostras ambientais em Israel - OMS

15 de julho de 2013

Poliovírus tipo selvagem 1 (WPV1) foi isolado em 30 amostras de águas residuais provenientes de 10 localidades onde são retiradas amostragem em Israel

As amostras foram coletadas entre 03 de fevereiro de 2013 até 30 de junho de 2013.  Foram detectados Poliovírus tipo selvagem 1 (WPV1)  em amostras positivas do sul de Israel. Todos os vírus foram detectados em apenas águas residuais, e não há casos de poliomielite paralítica na região.

A Detecção do vírus em todo o país indica uma maior extensão geográfica de circulação durante um longo período de tempo.  OMS avalia o risco de propagação internacional de poliovírus de Israel, de moderada a alta.

Autoridades de saúde israelenses continuam realizando monitoramento  minucioso á procura de possíveis casos de poliomielite paralítica em crianças e pessoas sem imunidade. O  monitoramento ambiental é frequentemente utilizado por países de todo o mundo, incluindo Israel, para apoiar a detecção de doenças endêmicas.  Atividades similares estão sendo implementadas pelas autoridades de saúde em Gaza e na Cisjordânia.

O governo de Israel está planejando atividades suplementares de vacinação com a vacina oral contra a poliomielite.  Objetivando aumentar os níveis de imunidade da População e interromper rapidamente a circulação o vírus.  

É importante que todos os países, inclusive o Brasil adotem medidas preventivas no sentido de alerta as pessoas que viajam frequentemente para estas aéreas afetadas pela poliomielite, e reforçar a vigilância para casos de paralisia flácida aguda (PFA), a fim de detectar rapidamente qualquer importação do poliovírus através da Vigilância Epidemiológica. É indispensável aos países analisar os dados de cobertura vacinal de rotina para identificar lacunas na população onde esta cobertura vacinal é inferior a 80 por cento.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que todos os viajantes de áreas afetadas pela poliomielite estejam totalmente imunizados contra o poliovírus. Três países permanecem endêmicos na transmissão autóctone do poliovírus selvagem: NIGÉRIA, PAQUISTÃO E AFEGANISTÃO. Além disso, e, 2013, o Corno da África foi afetado por um surto de poliovírus selvagem.


05 julho 2013

Ambulatório Neuromuscular da UNIFESP

 O Ambulatório de Neuromuscular da UNIFESP atende desde 1985, e é considerado Centro de Referência Nacional para investigação e acompanhamento no tratamento de doenças neuromusculares.
É pioneiro em atendimento com equipe mutidisciplinar, ou seja, além da equipe médica, inclui fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes sociais e outros. Estes profissionais são especializados na área, e, em sua maioria, estão vinculados a projetos de pesquisa ou prestam serviços voluntários. Mensalmente são atendidos 1600 pacientes.
Todos os pedidos são agendados de acordo com o Ministério da Saúde, portanto, para um melhor atendimento, observe e respeite os horários abaixo.
O Ambulatório Neuromuscular da UNIFESP (Hospital São Paulo), está localizado na Rua Estado de Israel, 899 - Vila Mariana - São Paulo - SP, telefone: (11) 5571-3324. Observe os dias de atendimento de acordo com a sua necessidade.

Saiba como proceder para ser atendido:

Marcação da primeira consulta:
  • Encaminhamento médico de qualquer serviço de saúde público ou privado (SUS, convênio, particular)
  • Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou exame que comprove a doença
  • Horário de atendimento: das 9 às 15 horas, às segundas, quartas e sextas-feiras, pessoalmente ou pelo telefone: (11) 5571-3324
Marcação de consultas:
  • Horário de atendimento: das 9 às 15 horas, às segundas, quartas e sextas-feiras, pessoalmente ou pelo telefone: (11) 5571-3324
Relatórios, laudos, receitas:
  • Solicitação com 10 a 15 dias de antecedência:das 9 às 11 horas, às segundas, quartas e sextas-feiras, pessoalmente ou pelo telefone: (11) 5081-4524
  • A retirada de documentos é feita somente com agendamento prévio.
  • Às terças e quintas-feiras não há atendimento para este serviço.
Receitas para Medicação de Alto Custo (SME):

04 maio 2013

SINDROME PÓS-POLIOMIELITE - Orientação Interna que trata do assunto e material técnico repassado aos peritos.


Postado: Nilson R.  dos Santos
A Síndrome Pós- Poliomielite (SPP) é uma desordem do Sistema Nervoso que se manifesta em indivíduos que tiveram poliomielite, após, em média, 15 anos ou mais, com um novo quadro sintomatológico: fraqueza muscular e progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, resultando em uma diminuição da capacidade funcional e/ou no surgimento de novas incapacidades. Alguns pacientes desenvolvem, ainda, dificuldade de deglutição e respiração.

Nos casos em que o Perito Médico concluir pela existência de incapacidade laborativa para o trabalho, causada pela Síndrome Pós-Poliomielite- SPP, esta deve ser considerada como entidade mórbida diversa de sequelas pós-poliomielite, tendo em vista as características clínicas, principalmente o seu tempo de surgimento tardio, sobrepondo-se às sequelas consolidadas.

A solicitação de informações ao médico assistente e/ou parecer de especialista (neurologista, fisiatra), são instrumentos auxiliares para subsidiar a decisão médico-pericial.

Até que a Organização Mundial da Saúde inclua a SPP na Classificação Internacional de Doenças- CID, deve ser utilizado o código CID-10 - G 96.8.

Não existem estatísticas precisas sobre o número de portadores da síndrome pós-pólio no Brasil. Na verdade, só em 2010, a enfermidade foi incluída no Catálogo Internacional de Doenças (CID 2010), graças a um trabalho desenvolvido por pesquisadores brasileiros na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM) o qual criou o primeiro Ambulatório Especializado em Síndrome Pós Poliomielite na América Latina, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira, Chefe do Setor de Investigação em Doenças Neuromusculares.

Na reunião realizada no Japão em 2005, o Brasil apresentou uma proposta de mudança para os pacientes que sofrem da síndrome pós-poliomielite "SPP", é essencial que esta, seja reconhecida como uma entidade de doença nova e a disponibilidade de uma classificação especificada na CID-10 para a aplicabilidade da assistência jurídica e social.

Considera-se que a síndrome pós-poliomielite é um quadro clínico incurável, irreversível relacionados com a disfunção progressiva das unidades motoras, não pode e não deve ser classificado como uma sequela de poliomielite. The Aftermath (ver dicionário / dicionário). No CID-10 poliomielite é prevista nos Códigos: A-80; A-80.0; 80,1 A-; A-80.2; A-80-3; A-80,4; 80,9 A e B-91, por isso não é possível classificar a síndrome pós-poliomielite como uma doença definida nessas categorias.

Após a reunião anual da Revisão e Atualização da Organização Mundial de Saúde, realizada em Nova Déli, durante o mês de Outubro de 2008, a Classificação Internacional de Doenças, versão 10 (CID-10), concedeu um lugar especial Síndrome Pós-Poliomielite (SPP), classificando-o no âmbito do "G14" e excluído do código B91 (sequela de poliomielite), e tornando-se parte das doenças do sistema nervoso central.


ORIENTAÇÃO INTERNA Nº 143 INSS/DIRBEN, DE 19 DE JUNHO DE 2006.

Disciplina a conduta médico pericial relativa à Síndrome Pós-Poliomielite.


MEMORANDOS SOBRE O TEMA S.P.P.



Consideraria esta declaração precisa? A classificação internacional de doenças, modificações clínico é usado para codificar e classificar dados de morbidade dos registros de internação e ambulatório e escritórios de médico. Alguns países utilizam a décima revisão (CID-10 CM), enquanto outros, como os EUA e a Holanda não fizeram o switch da CID-9. A CID-9 cm (nona revisão), poliomielite aguda e os efeitos finais da pólio são CID-9 138. (Os Estados Unidos começará a uso oficial da CID-10 em 1 de outubro de 2013).
Códigos da CID-10 são:
Z24 - vacina contra a poliomielite e vacinação
A80-A80.9 - poliomielite aguda
B91 - seqüela de poliomielite (resíduos) substituindo 138 no CID-9.
G14 – síndrome poliomyelitic Post (declínio final). Grupos têm defendido por um código separado do declínio final separado de resíduos. Este código não está ainda no site do WHO.
Joan L. Headley
Executive Director
Post-Polio Health International
 including International Ventilator Users Network
4207 Lindell Blvd., #110
St. Louis,  MO 63108-2930
314-534-0475
314-534-5070fax
post-polio.org
Polio Place


19 abril 2013

Respeito às diferenças e a promoção da igualdade


Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 277/2005 que garante aposentadoria especial para pessoas com deficiências. A proposta, que é um substituto do Senado Federal, segue agora para a sanção presidencial. Se for sancionada - e eu tenho a convicção de que a presidenta Dilma apoiará a ideia - as pessoas com deficiências terão limites diferenciados de tempo de contribuição e de idade para receber a aposentadoria. Essa medida é uma prova de respeito às diferenças e de promoção da igualdade. 
O limite de tempo de contribuição para as pessoas com deficiência grave muda de 35 para 25 anos, no caso dos homens e de 30 para 20 anos, no caso das mulheres. As novas condições para aposentadoria para aquelas que tiverem deficiência moderada passam a ser de 29 anos para homens e de 24 para mulheres. Caso a deficiência seja leve, esse tempo será de 33 anos para homens e 28 para mulheres.
Na aposentadoria por idade, as regras para homens mudam de 65 anos para 60 e para as mulheres de 55 para 50 anos, independentemente do nível de deficiência. Os requisitos são o cumprimento de, no mínimo, 15 anos de contribuição e a comprovação da deficiência por igual período.
A aprovação dessas mudanças na Câmara foi comemorada por todos os deputados federais, que concentraram esforços para colocar a matéria em pauta na última quarta-feira, 17.
Esse avanço também é resultado da luta de todos àqueles que trabalham há anos em prol da cidadania dessas pessoas.